Acarologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo científico dos ácaros e organismos aparentados.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Aracnologia
Aracnologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo científico da família dos aracnídeos (classe Arachnida), isto é, aranhas e organismos aparentados, tais como escorpiões, pseudo-escorpiões.
Classificação
| Reino | Animal (Animalia) |
|---|---|
| Filo | Artrópodes (Arthropoda) |
| Classe | Aracnídeos (Arachnida) |
Os aracnólogos são principalmente responsáveis no que concerne à classificação dos aracnídeos. Esta pode ser uma tarefa difícil devido ao grande número de espécies de aracnídeos existentes. Duas espécies de aracnídeos podem parecer virtualmente idênticas enquanto que indivíduos da mesma espécies podem ter aparências diferentes
Muitas vezes, só é possível discernir duas espécies através da dissecção com a ajuda de microscópio. Apesar de 40 mil espécies terem sido descritas desde que Carl Alexander Clerck descreveu a primeiras aranhas, 250 anos atrás, estimativas apontam que o número total de espécies de aracnídeos podem chegar às 200 mil. Os cientistas descobrem novas espécies, no campo, numa base frequente, e existem ainda muitas espécies guardadas em colecções que aguardam ser classificadas. Existem colecções de aranhas em museus, que têm mais de cem anos.
Porque é mais fácil estudar a morfologia do que observar o seu comportamento em meio natural (muitas espécies vivem em lugares inacessíveis), o estudo do comportamento de aracnídeos tem sido algo negligenciado.
Por volta de 1970, os aracnídeos começaram a tornar-se animais de estimação populares, mais especificamente as tarântulas. isto levou os vendedores e criadores a começar a dar um segundo nome às espécies (nome comum). Por exemplo, a espécie Brachypelma smithi começou a ser conhecida em inglês como Mexican redknee tarantula, desde que entrou no mercado de venda.
Carcinologia
Crustáceo
| Classificação científica | ||||||
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| Remipedia |
Os crustáceos são animais invertebrados. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50.000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões e as cracas e percebes, tatuís ou Emerita brasiliensis (que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga da água (Daphnia) e o camarão do Rio São Francisco do estado da Bahia (Brasil) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-da-conta e o tatuzinho de jardim que habita as terras brasileiras.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos, até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.
Anatomia
Os crustáceos (do latim crusta = carapaça dura) têm um exosqueleto de quitina e outras proteínas, ao qual se prendem os músculos. Para poderem crescer, estes animais têm de se desfazer do exosqueleto "apertado" e formar um novo, a muda ou ecdise. Por esta razão, foi formado um grupo sistemático para englobar todos os animais que mudam o exosqueleto, os Ecdysozoa, que inclui os artrópodes, os nemátodes, os Nematomorpha, os Tardigrada, os Onychophora e os Cephalorhyncha. Esse exoesqueleto é também apropriado para que esses animais não se desidratem quando estão expostos ao sol.
Os crustáceos têm geralmente o corpo segmentado como os anelídeos, com um par de apêndices em cada segmento. O corpo é geralmente dividido em cabeça, tórax e abdómen; a fusão de segmentos é comum e, em certos grupos de crustáceos, a cabeça e o tórax encontram-se fundidos no que geralmente se chama o cefalotórax que é a região recoberta pela carapaça (espessamento sobre o exoesqueleto).
Tipicamente apresentam dois pares de antenas (primeiro par; antenula e o segundo par; antena) na cabeça, pelo menos na fase larval, olhos compostos, três pares de apêndices bucais e um télson no último segmento abdominal. Os apêndices são tipicamente birramosos, com exceção do primeiro par de antenas.
O sistema nervoso dos crustáceos é parecido com o dos anelídeos, com um gânglio "cerebral", um anel nervoso à volta da faringe e um par de cordões nervosos na região ventral, com gânglios em cada segmento.
Tal como todos os demais artrópodes, os crustáceos são eucelomados, ou seja, possuem um celoma formado por esquizocelia (como em todos os protostómios), mas neste sub-filo o celoma encontra-se muito reduzido e normalmente contém apenas os sistemas reprodutor e excretor.
Os resíduos metabólicos, recolhidos pelo sangue e presentes nas hemoceles, são excretados pelas glândulas verdes ou antenais, presentes no cefalotórax e que se abrem nos poros excretores, localizados perto das inserções das antenas.
Os crustáceos têm um sistema circulatório aberto: o sangue (ou hemolinfa) banha os órgãos internos - que se encontram numa cavidade denominada hemocélio - e é bombeado para dentro e fora do coração através de orifícios chamados óstios. As espécies menores respiram por difusão dos gases através da superfície do corpo, mas as maiores possuem brânquias.
Reprodução
A maioria dos crustáceos têm sexos separados, que se podem distinguir como apêndices especializados, normalmente no último segmento torácico. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdomen mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.
Durante a cópula, o macho transfere para a fêmea uma cápsula com os espermatozóides, denominada espermatóforo, que ela abre na altura em que liberta os óvulos. Os ovos são muitas vezes incubados pela fêmea até o embrião estar totalmente formado. Nos casos com crescimento por metamorfoses, os ovos libertam larvas que são geralmente pelágicas, fazendo parte do zooplâncton.
Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.[1]
- Na cabeça:
- No tórax:
- maxilípedes ou “patas-maxilas” (0-3 pares);
- pereiópodes ou “patas-de-locomoção” podendo apresentar o primeiro par de pereiópodes quelado usado para defesa (até 5 pares);
- No abdómen:
Estes apêndices são igualmente articulados e tipicamente birramosos e podem apresentar birreme (bifurcação nos apendices); as suas partes típicas são:
- o protópode, a porção que articula com o corpo do animal;
- o exópode, a porção seguinte, localizada do lado externo do corpo;
- o endópode, uma parte paralela ao exópode, localizada do lado interno do corpo;
- os epípodes e endites, que são apêndices adicionais do protópode, os primeiros localizados no corpo do protópode, os segundos na sua extremidade.
Um apêndice com todas estas partes também se denomina filópode.
Ontogenia e metamorfoses
Os crustáceos apresentam dois tipos de estratégias de desenvolvimento: (1) por crescimento directo do animal que emerge do ovo e (2) por metamorfoses, através duma série de fases larvares.
O crescimento direto pode ser simples, em que o animal apenas aumenta de tamanho até atingir a maturação sexual, ou anamórfico, em que a morfologia do animal se altera em cada muda, seja pelo aumento do número de segmentos ou de apêndices no corpo; por vezes, a primeira larva pode ser bastante diferente do adulto.
O crescimento por metamorfoses, em que as larvas são normalmente pelágicas, é uma estratégia de reprodução que assegura a maior dispersão da espécie.
Os crustáceos apresentam três tipos básicos de larvas:
- Náuplio – formado por três segmentos cefálicos com os apêndices típicos da cabeça, antênulas, antenas e mandíbulas e com um único olho na parte central do corpo; o tronco começa sem segmentação, mas em cada muda vão aparecendo novos segmentos, no último dos quais se encontra um télson birramoso; a cabeça é protegida por um “escudo cefálico”, um princípio de carapaça. Em algumas espécies, o olho naupliar é conservado nos adultos.
Os restantes dois tipos de larvas encontram-se apenas nos membros do grupo Malacostraca, ao qual pertencem os camarões e caranguejos:
- Zoea – é uma forma com uma grande carapaça, que protege a cabeça e parte do tórax, um abdomen segmentado e com um telson bem desenvolvido; os olhos compostos formam-se nesta fase; apresenta exópodes natatórios nos apêndices tráxicos, mas os pleópodes estão ausentes ou pouco desenvolvidos.
- Mysis – é ainda uma larva pelágica com apêndices birramosos em todos os segmentos torácicos e abdominais; apresenta formas muito variadas, dependendo das espécies.
Existe ainda uma quarta forma que faz a transição para o estado adulto (nos crustáceos demersais é nesta fase que o animal se fixa no substrato) e que é muitas vezes considerada uma pós-larva:
- Megalopa - caracteriza-se por apresentar pleópodes nos segmentos abdominais.
As diferenças no aspecto das várias larvas dos crustáceos levaram no passado a considerá-las espécies separadas. Foi só quando os investigadores começaram a criar larvas em aquários e observaram as suas metamorfoses que foi possível identificar todas estas fases; no entanto, esta criação é difícil, uma vez que as diferentes larvas podem requerer condições diferentes e, por essa razão, ainda subsistem muitas espécies para as quais não se conhece completamente o ciclo de vida.
Taxonomia
A classificação científica dos crustáceos não está inteiramente estabelecida, uma vez que, devido ao grande número e diversidade de espécies e formas, as relações evolutivas não são claras.
A lista que segue trata como classes os diferentes grupos geralmente considerados como clades dos crustáceos e é a recomendada pela ITIS (Integrated Taxonomic Information System ou Sistema Integrado de Informação Taxonómica).
- Subfilo Crustacea ou Crustaceomorpha
- Classe Remipedia
- Ordem Enantiopoda
- Ordem Nectiopoda
- Classe Cephalocarida
- Ordem Brachypoda
- Classe Branchiopoda
- Subclasse Phyllopoda
- Subclasse Sarsostraca
- Classe Ostracoda
- Classe Maxillopoda
- Subclasse Mystacocarida
- Subclasse Copepoda
- Subclasse Branchiura
- Subclasse Pentastomida
- Subclasse Tantulocarida
- Subclasse Thecostraca (Cirripedia - cracas e percebes)
- Classe Malacostraca
- Subclasse Eumalacostraca
- Subclasse Hoplocarida
- Subclasse Phyllocarida
Registros fósseis de crustáceos
Os registos mais antigos de fósseis de crustáceos parecem ser de cracas do período Cambriano (543 a 490 milhões de anos atrás), portanto, de entre os animais mais antigos que se conhecem. As lagostas e caranguejos, com os seus exosqueletos calcificados deixaram boas marcas das eras Mesozóica e Cenozóica. A “Camada de Lagostas” da ilha de Wight, na Inglaterra é famosa pelas formas bem conservadas de lagostas do período Cretácico. Na Alemanha, também se encontram bons fósseis de crustáceos do período Jurássico no calcário de Solnhofen.
O grupo com registo fóssil mais completo entre os crustáceos é o grupo Ostracoda, pequenos animais com uma carapaça similar a dos moluscos bivalves. Os mais antigos pertencem ao período Cambriano, aparecem mais diversificados no Ordoviciano e são especialmente abundantes no Silúrico. Em certos casos, os depósitos destas “conchas” formam um tipo de rocha por vezes usada em construção: a coquina. Os penhascos brancos de Dover, na Inglaterra, são um bom exemplo desta rocha.
Entomologia
Entomologia é a ciência que estuda os insetos sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o ambiente. A palavra Entomologia é proveniente da união de dois radicais gregos, entomon (inseto) e logos (estudo) e vem sendo empregada desde Aristóteles (384-322 a.C.) para designar “Estudo dos insetos”.
Entomologia é uma palavra que vem do idioma grego antigo. Éntomom significa inseto e é derivado do radical entomos, que significa cortado, dividido. A maioria dos insetos apresenta o corpo dividido em numerosos anéis ou segmentos. Logos significas fala, discurso, estudo de algo. Sendo assim Entomologia significa estudo dos insetos. Inseto é outra palavra, derivada do latim Animale insectum, significa animal segmentado.
As coleções científicas formadas por insetos são chamadas entomológicas. Nestes acervos encontram-se armazenados, ordenados e preservados espécimes ou estruturas de espécimes mortos para pesquisas. As coleções são importantes registros da existência de espécies no tempo e no espaço, sendo também repositórios dos espécimes-tipo, os quais são imprescindíveis para a identificação correta de exemplares. Atividades como a manutenção, preservação e desenvolvimento de acervos científicos são indispensáveis e não podem ser interrompidas. As coleções são ainda testemunhos da fauna de áreas protegidas, de áreas impactadas ou mesmo em vias de desaparecimento e, portanto, são a base para pesquisas em biodiversidade, sistemática e evolução.
Uma das mais importantes e maiores coleções entomológicas da América Latina é a Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz devido a dimensão de seu acervo, valor científico, histórico e educativo. Menciona-se ainda sua grande importância para a saúde pública já que muitos dos exemplares lá depositados serve como referência para a identificação de vetores de doenças infecciosas.
Atualmente a Entomologia está basicamente especializada, envolvendo muitas áreas tais como: Morfologia, Fisiologia, Biologia, Ecologia, Taxonomia, Sistemática, Resistência de plantas a insetos, Controle biológico, Controle químico, Toxicologia, Apicultura, Comportamento, Entomologia Florestal, Métodos alternativos de controle, Entomologia Médica e Veterinária, Entomologia forense, Urbana e Econômica.
Disciplinas
Etologia
As Quatro Questões
Os etólogos caracterizam-se por uma posição metodológica que gira em torno das quatro questões de Tinbergen. Este, em 1963, propôs que em primeiro lugar deve-se observar e descrever o comportamento; posteriormente, uma análise completa do comportamento deve ser feita com bases nas análises causal, ontogenética, filogenética e funcional. A análise causal é feita através do estabelecimento de uma relação entre um determinado comportamento com uma condição antecedente, sendo estudados os estímulos externos responsáveis pelo comportamento e os mecanismos motivacionais internos. A análise ontogenética envolve uma relação do comportamento com o tempo, estando o interesse voltado para o processo de diferenciação e de integração dos padrões comportamentais no curso do desenvolvimento de um indivíduo jovem. A análise filogenética, por sua vez, estuda a história do comportamento no curso da evolução da espécie. Por último, a análise funcional estabelece uma relação entre um determinado comportamento e mudanças que ocorrem no ambiente circundante ou dentro do próprio indivíduo. Pensa-se em que vantagens seletivas um dado comportamento confere a um animal, como pode afetar as chances de sobrevivência e reprodução de um animal, fornecendo assim material para a seleção natural. A peculiaridade da metodologia etológica é a preocupação com questões de função, adaptação e filogênese, que mesmo quando não são o foco principal de estudo se refletem na maneira como é conduzida a análise de questões causais ou ontogenéticas.
Contribuições metodológicas da Etologia para a Psicologia
Hinde (1974 apud Carvalho, 1998) defende que os procedimentos de observação, descrição, experimentação e análise desenvolvidos para o estudo do comportamento animal podem ser utilizados no estudo do comportamento humano, com grande sucesso. Segundo Bowlby (1982), “a Etologia está estudando os fenômenos relevantes de um modo científico”. Segundo o mesmo, a abordagem etológica pode fornecer o repertório de conceitos e dados necessários para explorar e integrar dados e insights proporcionados por outras abordagens, como a psicanálise, a teoria da aprendizagem de Piaget e o que vem sendo denomindado Neuroetologia no estudo comparativo e correlacional entre os distintas formas de sistema nervoso e suas funções e/ou comportamentos. O processo de elaboração de etogramas ou repertórios comportamentais é também um importante passo para o conjunto de técnicas behavioristas de modificação do comportamento.
Contribuições "práticas" para a Psicologia
Esse tipo de contribuição refere-se à possibilidade de utilização de resultados obtidos em estudos de comportamento animal para a complementação, confirmação e / ou aprofundamento de conhecimentos sobre o homem. Essa contribuição é especialmente útil em problemas nos quais a experimentação com humanos é impossível ou inconveniente, como os estudos de isolamento social em primatas não-humanos. Embora não se possam transpor resultados diretamente, dada a importância das diferenças inter-específicas, estes estudos enriquecem a compreensão sobre os seres humanos quando comparados com sujeitos em situações menos controladas, como estudos clínicos e observacionais. Entre os estudos mais relevantes até hoje apresentados estão os do fenômeno do Imprinting (Estampagem) descoberto inicialmente no comportamento das aves mas atualmente já identificado em primatas.
Contribuição teórico-conceitual
A Etologia, enquanto abordagem do estudo do comportamento que se caracteriza por um enfoque biológico e, portanto, como área do trabalho científico, utiliza modelos e conceitos teóricos para a interpretação de seus fenômenos. Conceitos como estímulo-sinal, estímulo supra-normal, estampagem e período sensível têm sido de grande importância no estudo da infância, possibilitado o aperfeiçoamaneto de escalas de desenvolvimento, por exemplo.
Contribuições sobre o conceito de Homem
A Etologia, segundo Carvalho (1989), tem contribuído para a recuperação da noção de homem como um ser bio-psico-social, abandonando a concepção insular do homem que dominou as ciências humanas (inclusive algumas áreas da Psicologia) na primeira metade do século XX, que destaca o homem da natureza e coloca-o em posição de oposição a esta. A concepção etológica do ser humano é a de um ser biologicamente cultural e social, cuja psicologia se volta para a vida sociocultural, para qual a evolução criou preparações bio-psicológicas específicas.
Helmintologia
A Helmintologia é o ramo da zoologia que estuda os vermes em geral, especialmente aqueles reunidos sob os filos dos platelmintos ou dos asquelmintos.
Também pode remeter mais especificamente ao estudo dos vermes endoparasitas. Os pricipais parasitos que são estudados na parasitologia médica são:
Herpetologia
A herpetologia é um ramo da zoologia dedicado ao estudo dos répteis e anfíbios: sua classificação, ecologia, comportamento, fisiologia e paleontologia.
Uma das revistas científicas que publicam trabalhos de investigação sobre estes animais, assim como de peixes, é a Copeia, publicação trimestral da Sociedade Americana de Ictiologia e Herpetologia.
Ictiologia
Ictiologia (do grego Ιχθυολογία) é o ramo da zoologia devotado ao estudo dos peixes. Inclui os peixes com ossos (Osteichthyes), os peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) como os tubarões e as arraias, e os peixes sem mandíbula (Agnatha). Como existe praticamente o mesmo número de espécies de peixes que de todos os outros vertebrados juntos, e eles estão em processo de evolução há muito tempo, existe uma incrível variedade de peixes. Enquanto a maioria das espécies provavelmente foi descoberta e descrita, a biologia e o comportamento dos peixes ainda não são identificados.
A ictiologia está associada com biologia marinha, limnologia e o oceanografia.
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istória
Ictiologia origina-se na Revolução do Paleolítico Superior até os dias atuais. Essa ciência desenvolveu-se em várias épocas interconectadas, cada uma com vários avanços significativos.
Era Pré - Histórica
(38000 A.C–1500 A.C)
O estudo dos peixes tem sua origem no desejo do ser humano em se alimentar, vestir e equipar. De acordo com Michael Barton, um proeminente ictiologista e professor do Centre College, "Os primeiros ictiologistas foram caçadores e coletores que aprenderam como obter o mais útil da pesca, onde consegui-la em abundância, e em que épocas poderia estar disponível". Essas ações das primeiras culturas foram manifestadas em expressões artísticas.
Era Cristã - Judaica
(1500 A.C–40 D.C)
Informalmente, as descrições científicas de peixes são representadas dentro da tradição Cristã - Judaica. Moisés, no desenvolvimento do kashrut, proibiu o consumo de peixes sem escamas ou faltando parte do corpo (ex: nadadeiras). Teólogos e ictiologistas especulam que o apóstolo Pedro e os seus contemporâneos coletavam peixes que hoje ainda são pescados e vendidos nas indústrias modernas ao longo do Mar da Galiléia, atualmente conhecido como lago Kinneret. Estes peixes incluem os ciprinídeos do gênero "Barbus" e "Mirogrex", ciclídeos do gênero "Sarotherodon", e "Mugil cephalus" da família Mugilidae.
Era Mediterrânea
(335 A.C–80 D.C)
Aristóteles incorporou a ictiologia ao estudo formal científico. Entre 335 a.C - 322 d.C, fez a primeira classificação taxonômica, na qual foram descritas com precisão 117 espécies de peixes do mar Mediterrâneo. Além disso, Aristóteles observou as diferenças anatômicas e de comportamento entre os peixes e mamíferos marinhos. Após sua morte, alguns dos seus discípulos continuaram as suas pesquisas ictiológicas. Teofrasto, por exemplo, compôs um tratado sobre peixes anfíbios. Os romanos, embora menos dedicados a ciência, escreveram extensivamente sobre peixes. Plínio "o Ancião", um notável naturalista romano, compilou os trabalhos de gregos, incluindo peculiaridades comprováveis, embora aparentemente fantasiosas como o tubarão-serra e as sereias. A documentação de Plínio foi a última contribuição significativa até o Renascimento Europeu.
Era do Renascimento Europeu
(1200 D.C–1600 D.C)
Os escritos de três estudantes do século XVI, Hippolyte Salviani, Pierre Belon, e Guillaume Rondelet, significam a concepção da ictiologia moderna. As investigações destes indivíduos eram baseadas na pesquisa atual em comparação a citações antigas. Esta propriedade popularizou-se e enfatizou essas descobertas. Apesar da notoriedade deles, o "Piscibus Marinum" de Rondelet é considerado como o mais influente, pois identificou 244 espécies de peixes.
Era da Exploração e Colonização
(1600 D.C–1800 D.C)
As alterações advindas na época da navegação e construção naval ao longo do Renascimento marcaram o começo de uma época nova em ictiologia. O Renascimento culminou com a era da exploração e colonização, e no interesse cosmopolita em navegação, iniciou-se a especialização ao naturalismo. Georg Marcgrave da Saxônia compôs o "Naturalis Brasilae" em 1648. Este documento continha uma descrição de 100 espécies de peixes nativos para o litoral brasileiro. Em 1686, John Ray e Francis Willoughby publicaram juntos o "Historia Piscium", uma monografia científica que contém 420 espécies de peixes, 178 destas descobertas recentemente. Os peixes desta literatura informativa foram organizados em um sistema provisório de classificação.
A classificação usada no "Historia Piscium" foi criada por Carolus Linnaeus (ou Lineu), o "pai da taxonomia moderna". A taxonomia desenvolvida por ele tornou-se padrão para sistemática do estudo dos organismos, inclusive peixes. Linnaeus foi professor na Universidade de Uppsala, notável botânico; entretanto, um dos alunos dele e colega, Peter Artedi, ganhou o título de "pai da ictiologia" pelos seus indispensáveis avanços. Artedi contribuiu ao refinamento dos princípios da taxonomia de Linnaeus. Além disso, reconheceu cinco ordens adicionais de peixes: Malacopterygii, Acanthopterygii, Branchiostegi, Chondropterygii, e Plagiuri. Artedi desenvolveu métodos padrões para fazer cálculos e medidas de características anatômicas que são atualmente exploradas. Outro associado de Linnaeus, Albertus Seba, foi um farmacêutico próspero de Amsterdã. Seba tinha uma coleção de peixes, portanto convidou Artedi para utilizá-la. Infelizmente, em 1735, Artedi caiu num canal em Amsterdã e se afogou aos 30 anos de idade.
Postumamente, Linnaeus publicou uma antologia dos diários de Artedi intitulada, "Systema Naturae". O refinamento da taxonomia dele culminou com o desenvolvimento da nomenclatura binominal que é usada pelos biólogos contemporâneos. Além disso, ele revisou as ordens introduzidas por Artedi, acrescentando as nadadeiras pélvicas. Os peixes a que faltava este apêndice foram colocados dentro da ordem Apode; os que possuem barbatanas no abdômen, tórax, ou nadadeiras pélvicas (jugulares) eram respectivamente denominados Abdominales, Toracici, e Jugulares. Porém, estas alterações não foram fundamentadas dentro da teoria evolutiva. Um século depois, Charles Darwin foi o criador do fundamento intelectual (Origem das Espécies) que nos permitiu perceber que o grau de semelhança de características taxonômicas era uma conseqüência da relação filogenética.
Era Moderna
(1800 D.C–Dias Atuais)
Próximo ao ínicio do século XIX, Marcus Elieser Bloch de Berlim e Georges Cuvier de Paris fizeram uma tentativa para consolidar o conhecimento da ictiologia. Cuvier resumiu toda informação disponível no seu monumental "Histoire Naturelle des Poissons". Este manuscrito foi publicado entre 1828 e 1849 em uma série de 22 volumes. Esta documentação contém 4514 espécies de peixes, 2311 destes novos para a ciência. Essa obra literária ainda permanece como um dos tratados mais ambiciosos do mundo moderno. A exploração científica das Américas progrediu nosso conhecimento da notável diversidade de peixes. Charles Alexandre Lesueur, um estudante de Cuvier, fez um viveiro de peixes nos Grandes Lagos e nas regiões do rio São Lourenço.
Aventureiros como John James Audubon e Constantine Rafinesque figuram na documentação da fauna da América do Norte. Estas pessoas viajaram freqüentemente juntos e compuseram a "Ictiologia Ohiensis" em 1820. Além deles, Louis Agassiz da Suíça estabeleceu a sua reputação através do estudo de peixes de água doce e organismos, abrindo caminho para a paleoictiologia. Agassiz imigrou eventualmente para os Estados Unidos e ensinou na Universidade de Harvard em 1846.
Albert Günther publicou o Catálogo de peixes do Museu Britânico entre 1859 e 1870, descreveu mais de 6.800 espécies e mencionou outras 1.700. Geralmente, considerado um dos ictiológos mais influente, David Starr Jordan escreveu 650 artigos e livros sobre o assunto como também foi reitor da Universidade de Indiana e da Universidade de Stanford.
Publicações Modernas
| Publicação | Frequência | Data da publicação | Companhia afiliada |
|---|---|---|---|
| Copeia | Trimestral | 27 de Dezembro 1913 | Sociedade Americana de Ictiologia e Herpetologia |
| Periódico de Ictiologia Aplicada | Bimestral | Desconhecido | Editora Blackwell |
Organizações
| Organizações | Organizações |
|---|---|
Importantes Ictiólogos
- Achille Valenciennes
- Albert Günther
- Alexander Emanuel Agassiz
- Bashford Dean
- Carl H. Eigenmann
- Carl L. Hubbs
- Charles Frédéric Girard
- Charles Henry Gilbert
- Charles Tate Regan
- David Starr Jordan
- Donn E. Rosen
- Edward Drinker Cope
- Edwin C. Starks
- Francis Day - Índia
- Francis Willughby
- Franz Steindachner
- George Albert Boulenger
- George Brown Goode
- Georges Cuvier
- George S. Myers
- HIM Imperador Akihito do Japão
- J.L.B. Smith
- John Richardson Norman
- John Treadwell Nichols - China, fundador da Copeia
- Lev Berg - Rússia
- Louis Agassiz
- Marcus Elieser Bloch
- Peter Artedi
- Pieter von Bleeker - Índia Oriental
- Rosa Smith Eigenmann
- Samuel Garman
- Seth Meek
- Spencer Fullerton Baird
- Tarleton Hoffman Bean
- Theodore Nicholas Gill
- William O. Ayres - Califórnia
Macologia
Malacologia é o ramo da biologia que estuda os moluscos. Os estudos malacológicos incluem a taxonomia, a fisiologia e a ecologia destes animais.[1]
[editar] Função da malacologia
Uma das razões para estes estudos é que algumas espécies de caramujos, como o Achatina fulica, são hospedeiros de parasitas humanos (neste caso, o Angiostrongylus costaricensis, endémico das Américas e causador da angiostrongilose abdominal).
Outras espécies, como muitos cefalópodes (chocos, lulas e polvos), ou o escargot, Helix aspersa, têm importância económica e nutricional, sendo objetos de pesca ou de cultivo.
Mastozoologia
Mamalogia, ou Mastozoologia, é o ramo da biologia que se ocupa do estudo dos mamíferos. Um de seus ramos é a primatologia, que estuda os primatas. Os mamíferos são caracterizados principalmente pela presença de glândulas mamárias e pelo corpo revestido de pêlos. Existem cerca de 5.400 espécies de mamíferos atuais[1], incluindo os maiores animais vivos, assim como alguns dos menores vertebrados. Os mamíferos possuem adaptações aos mais diversos ambientes, podendo locomover-se na terra, na água e no ar, ocupando desde desertos até florestas. Algumas espécies são representadas por poucos indivíduos que muitas vezes ocupam uma área geográfica muito pequena, estando ameaçados de extinção.
O campo de atuação do mastozoólogo vai desde a pesquisa básica até o trabalho técnico aplicado. Essa pesquisa pode envolver diversos campos do conhecimento, como sistemática, ecologia, comportamento, morfologia, fisiologia, parasitologia, genética, evolução, paleontologia, dentre outros. Os mastozoólogos atuam em instituições de ensino, em empresas que realizam estudos de impacto ambiental, em órgãos governamentais ligados ao meio ambiente e à saúde e em organizações não-governamentais que utilizam informações científicas para promover a conservação da biodiversidade.
O estudo dos mamíferos é muito importante para a sociedade, pois o conhecimento gerado pode ser aplicado em diversos setores, da saúde ao meio ambiente. A prevenção e o tratamento de muitas doenças infecto-contagiosas humanas depende de um bom conhecimento da origem e da evolução de todos os organismos envolvidos, que muitas vezes inclui outros mamíferos além do homem. O conhecimento sobre esses animais tem sido fundamental na compreensão de doenças como a AIDS e as hantaviroses. Por outro lado, um grande conhecimento sobre a biologia das espécies e do ambiente onde vivem é fundamental para que o manejo de espécies ameaçadas de extinção e o controle de espécies invasoras sejam realizados de forma adequada. Não por acaso, os mamíferos estão entre os principais grupos enfocados em estudos de impacto ambiental, sendo indicadores da qualidade ambiental. Conclui-se, portanto, que os mamíferos são componentes-chave no planejamento ambiental, no uso sustentável dos recursos naturais e na busca por uma melhor qualidade de vida.